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de repente pai

De repente pai

de repente pai

As misturas de drama com comédia costumam funcionar bem no cinema, uma vez que a combinação dos dois elementos não permite que o filme atinja nenhum extremo apelativo. A aposta neste gênero é o caso de De repente pai, produzido em 2013 e lançado recentemente, em 10 de janeiro de 2014. 

O protagonista chama-se David Wozniak, sendo interpretado pelo ator Vince Vaughn, que do dia para a noite descobre ser pai de mais de 500 crianças!

Como isso aconteceu? Foi uma consequência de um longo tempo sendo doador para um banco de esperma! O que acontece é que todas as crianças foram crescendo e querendo saber quem é o pai biológico, o que é muito natural, mas traz vários problemas para David, que (de repente) se torna o pai de 533 filhos.

No entanto, toda esta situação acaba trazendo problemas ainda mais profundos ao personagem principal, que se vê diante de crises existenciais, tentando descobrir quem ele realmente é, o que tem feito e o que ainda pode se tornar. Porém, ele não pode se dar ao luxo de ficar pensando em si mesmo quando está sendo procurado por centenas de crianças e jovens.

O filme dirigido por Ken Scott não é uma história totalmente original, uma vez que se trata de uma refilmagem de “Meus 533 filhos”, longa canadense de 2011.

Acontece que David resolve manter contato com alguns dos jovens filhos que o estão procurando e, para tornar toda a situação ainda mais difícil, sua namorada está grávida, e ele precisa convencê-la de que, mesmo diante de tudo o que está acontecendo, é um homem responsável o suficiente.

E o que dizer sobre De repente pai? Como foi mencionado no início, o filme tenta combinar o drama com a comédia, o que pode funcionar bem. No entanto, talvez o diretor ainda não tenha a experiência suficiente e necessária para trabalhar com esses dois gêneros em um mesmo trabalho.

Embora alguns possam se divertir ou se emocionar com a trama, ela não cumpre integralmente nenhum desses dois papéis, ou seja, não tem cenas de comédia realmente capazes de arrancar uma gargalhada e nem um drama que possa tocar. 

Ainda assim, as passagens de humor são mais frequentes do que qualquer outra coisa no filme, o que parece ter sido uma saída encontrada pelo diretor. A ideia do enredo é muito boa, mas poderia ter sido explorada em mais profundidade.

Talvez tenha faltado, até mesmo, um pouco de seriedade para construir uma história realmente capaz de emocionar, algo que trouxesse uma lição impactante para aqueles que assistissem.

O diretor acabou se aventurando em um terreno um pouco incerto, o que não teve o resultado esperado. A ideia poderia ter sido amadurecida por mais tempo, ou seria melhor optar apenas pelo drama ou pela comédia.

Entretanto, o filme não é de todo o mal, e não deixa de ser uma boa opção de lazer para aqueles que não fazem questão de terem grandes emoções ou incríveis surpresas enquanto assistem a um filme.