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Como treinar o seu dragão 2

Como Treinar o seu Dragão 2

Na segunda edição desta animação, o mundo de Banguela e Soluço (na voz de Jay Baruchel) está de volta, cinco anos depois de eles terem unido os dragões aos vikings da Ilha de Berk. Agora por lá, o novo esporte, e também o favorito, é disputar corridas com dragão.

Astrid, Snoutlout e o resto da turminha estão todos envolvidos nesse novo esporte que faz sucesso. No filme do diretor Dean DeBlois, a dupla inseparável desvenda aventuras fascinantes, descobrindo novos lugares e novos ‘amigos’, que são os dragões recém-descobertos em uma caverna secreta.

Soluço é quem descobre essa caverna, onde existem centenas de novos dragões. No entanto, ela é protegida por Valka (na voz de Cate Blanchett), que, na verdade, é mãe de soluço – os dois foram afastados quando ele ainda era um bebê. E nessa aventura das telonas os dois vão, juntos, proteger os dragões das maldades de Drago (Djimon Hounson), que deseja controlar todos eles.

Dá para dizer, seguramente, que Como treinar o seu dragão 2 pode mexer com as emoções até de marmanjos, principalmente se eles imaginam os dragões como ‘criaturas fantásticas’ durante a infância.

Sobretudo, a animação foi bem elaborada, com as vozes dos atores trabalhadas e com uma boa história para contar, o que é extremamente importante. Isso quer dizer que você não fica entediado ao assistir ao filme, já que a narrativa é boa e o enredo segue levemente.

Nesta segunda versão de Como treinar o seu dragão, Soluço tem algumas discussões com o seu pai, Estoico. O rapaz agora está com 20 anos e passa por diversas situações que o telespectador pode acabar se identificando. Portanto, o filme é muito mais do que dragões, muito fogo e pessoas voando.

Talvez uma das cenas mais emocionantes da animação seja o reencontro de Estoico e Valka. Mais que isso, o filme do diretor DeBlois questiona, internamente e de forma sutil, vários hábitos do nosso cotidiano.

No primeiro filme, os dragões eram marginalizados, hostilizados e muitos deles eram mortos porque eram incompreendidos. Agora, eram aceitos e já faziam parte da ‘família’ de todos em Berk.

O diretor pode, perfeitamente, ter pensado em levar a reflexão ao telespectador utilizando os dragões sendo vítimas, da mesma forma que negros, homossexuais e mulheres já foram vítimas de preconceito e discriminação. E essa é, com certeza, uma das características dos diretores de animação, que sempre deixam o seu traço.

Como treinar o seu dragão é plenamente capaz de atrair a adultos, portanto. E, como já dito, esses marmanjos podem até chorar em alguns momentos do filme.

Por isso, vou dizer que você pode comprar o bilhete, refrigerante e pipoca, porque a segunda animação da trilogia Como treinar o seu dragão é indicada para indivíduos de todas as idades e se trata de um bom filme, que tem um fluxo contínuo, não se perde em histórias malucas e ainda é capaz de causar comoção, tudo isso pela forma que o longa foi feito.

O casamento entre a continuação do filme, a história, a animação e as vozes têm o timing perfeito e, portanto, está indicado!